sábado, 29 de outubro de 2011

Meu nome




Sou uma pessoa que vive do tempo presente.
Infelizmente, convivo com pessoas que vivem se lembrando do passado.
Tudo bem, a gente sempre fala do que já passou, mas eu gosto é de me situar neste
maravilhoso tempo em que vivemos. Eu preciso do hoje. Eu nao quero falar do amanhã.    Porque meu nome é  AGORA!


         PalasAthena, 29.10.2011.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Céu de águas azuis






Sou arrastada pela força arrebatadora dos
 pensamentos vagos e aéreos sobre o não pensar em nada, como se eu não fosse mais que uma bolha de sabão na lentidão impassível das coisas comuns, do ar abafado na tarde estagnada desse clima quente, da morosidade prolongada, do tédio desarrazoado e angustiante que acomete a todos que, de um jeito ou de outro, arriscam-se ao se expor aos raios solares sonhando com o calidoscópio num céu de águas azuis. Enquanto deslizo virtualmente pelas regiões marítimas, vejo as praias douradas distantes e inacessíveis como belas Andrômedas prisioneiras. Indago-me se não estaria faltando alguma coisa nesse mundo misterioso da minha vida vacilante. Sem saber o que seja, desconfio de uma realidade meio camuflada sibilando pelos ares. Ó existência desdenhosa que jamais se queda por vencida!


PalasAthena, 25.10.2011

Basta-me pouco







Vivemos rodeados por angústias e inquietações. Todos do dias, a paisagem se modifica. Torço para que o meu espírito possa ficar sossegado por, pelo menos, algum tempo, já que é tão complicado tentar viver num mundo harmonioso. Nem gosto de imaginar o que me poderia desagradar na opinião alheia, melhor seria se entre as pessoas não houvesse tanta divergência. Basta-me pouco para me satisfazer, já me acostumei a não esperar por nada e por ninguém, a não ser pelo que já estou acostumada. Entretanto, às vezes as situações me surpreendem. As pessoas passam o tempo de um jeito esperado. Serei tão diferente daquilo que pareço ser? Uma coisa é certa, não sou o que pensam que sou ou o que possa parecer. Já fui todas as estações, isso no sentido metafórico. Escolho dentre todas,  a primavera, sem desmerecer as outras. Em meio às flores, sinto cá dentro do coração uma incendida 
 força que robustece o meu viver. E, quanto ao meu jeito, também posso surpreender. 


PalasAthena, set.2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Alquimia secreta


Num ritmo lento, os trechos melodiosos da música tiveram a propriedade de me abrir à alma mais largamente, arrastando o meu pensamento para perspectivas desconhecidas. Ondas sonoras que me proporcionaram sensações ininteligíveis com o poder de elevar imediatamente o meu espírito, fazendo-me crer na possibilidade de principiar uma existência completamente diferente em qualquer ocasião. Nesses momentos, sinto então uma espécie de renovação que perfuma e ilumina minha vida. Um prazer particular. Minha alquimia secreta. 


 PalasAthena, 07.10.2011.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Irmã triste






Das memórias do passado, perambulando entre as sombras do meu coração, uma irmã triste guardou as palavras fortes que me foram atiradas em ocasiões distantes. Uma vez ou outra, quando chove ou faz frio, essas rosas bravas me incomodam. O sol está a pino, avermelhado. E uma brisa suave, sorrindo feito uma criança, carrega  a irmã triste para um lugar distante. O sol esplêndido e silencioso com todos os seus raios estonteantes. Ó irmã triste, não me maces, por que preciso ser feliz de agora em diante.
 
PalasAthena

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Procura-se






Procuro um lugar distante, entre cedros e carvalhos, um crepúsculo já quase noturno de um fim de tarde outonal, onde possa a minha alma descansar das inquietações e entregar-se à tranquilidade para se robustecer. Quem sabe, livrar-se do marasmo, dessa vontade de nada que me acompanha, essa falta de firmeza, uma malemolência igual a que certas pessoas têm no corpo e que a impedem de se levantar do lugar e fazer alguma coisa. Sei que tal lugar existe dentro de mim. Eu só preciso ter a oportunidade para me redescobrir. E me reencontrar. Assim, serei novamente eu. Eu, que ninguém irá mudar, nem mesmo eu. Eu que sou tão eu como quando nasci.
                                              

 PalasAthena

sábado, 15 de outubro de 2011

Essa linda liberdade





Não aprecio a reclusão que gera uma morte social que precede a morte física. Talvez por essa razão que o meu espírito atribui tanta importância à primavera com suas luzes abençoadas. Amo o pôr do sol com sua dourada e ofuscante tapeçaria se espalhando...em pedrarias incendiárias! Como se fossem chuvas flamejantes na atmosfera. O amarelo do manto do sol se espalha no meu coração de modo tão vasto, que me deslumbra e me transpõe, afastando todas as muralhas de tristeza que em mim possam 
existir.


Por PalasAthena, 08.09.20

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Peça Fundamental



Buscarei sempre mais força para viver.
Não quero terremotos nem o despertar de vulcões.
Magmas cumulativos. Potencial explosivo.
Não!
Precisamos da paz.
A força é para viver.
Não quero forças me moldando.
Quero a força da paz e o sorriso da liberdade.
O amor é a peça fundamental.




PalasAthena, 14 .10.2011

  

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Je découvrirai le prix du bonheur!








(Inspirado em o Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry)


Tu estás, ainda, aqui...
E eu já estou aguardando o teu regresso.
É o meu aflito coração que se inquieta com a possibilidade
De tua ausência.
Portanto, vai-te embora
Para voltares o mais rápido que puderes
Na tentativa de aliviar a saudade
Que já me prostra só de pensar
Que tu te foste e não voltaste.
Se tu tens mesmo que partir
Vai-te embora.
Para que eu possa pensar na tua volta
E assim, começarei a  ser feliz.
O poente vai purpurear a tarde,
E eu começarei a te esperar
E o manto da noite espalhará no infinito
Miríades de estrelas pirilampejando como diamantes marchetados.
O prenúncio da tua chegada há de trazer consolo ao meu impaciente 
coração.


DESCOBRIREI O PREÇO DA FELICIDADE !


                              PalasAthena, texto escrito em 2006.
               

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nessas noites



Nas noites invernosas latidos ressoam no meio da madrugada.
O trem de ferro apita ao longe e eu fico na minha cama de olhos abertos e coração inquieto.
Olhos fitos no nada. Sonolentas ideias perpassam  numa região bem profunda de mim.
Tão bom desligar-se de tudo no aconchego dos sonhos confusos e inofensivos , esses ou
aqueles distantes dos conflitos tempestuosos da vida. Horas silenciosas e benfazejas da
madrugada esperançosa e fria.



PalasAthena, 11 de outubro de 2011.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Falando sério

Sou adulta, mas às vezes não gosto de coisas complicadas.
A gente corre atrás da modernidade, do top de linha e perde o fôlego. De tanto tentar me atualizar, acabei sem tempo de fazer o básico, o óbvio, o simples.
Cansei de ficar cansada de tantos botões, afazeres, obrigações, bobagens.
 Não vi o pôr do sol. Não fiz caminhada leve, nem ouvi música. Passei o dia de modo despreocupado e agora tento não ser infeliz. Faltou cor, aromas e substâncias. Veio o anoitecer. Não fiz o que queria.
Os adultos se preocupam demais com as coisas sérias. Tudo que é 
bom não tem preço.

        PalasAthena, 06.10.2011

sábado, 1 de outubro de 2011

Elas estavam a minha espera


       Lindas e amáveis, as duas cachorrinhas correram para me receber. Tão doces, amorosas, elas são a recompensa de um dia quente e cansativo. Eu amo essas meninas peludinhas. Por mais que o mundo me traga decepções, sei que elas jamais irão deixar de me acolher felizes.
Não importa o quão desligada eu compareça diante delas. Eu contei-lhes um segredo maravilhoso que deve chegar um dia. Elas embora não entendam , sabem que estou falando a linguagem do amor.

                                 PalasAthena