Sinto uma despedida no peito. Vem do fundo da alma uma
agulhada de melancolia.
Começa a se esparramar por dentro da gente como tinta que
cai no papel e escorre até
manchar tudo a sua volta. Algumas lágrimas inquietas se
precipitam dos meus olhos
esbraseados. Finjo um sorriso forçado, sorumbático. O meu
gesto mais parece uma tentativa
de sofrear a angústia
que brota do meu coração. É apenas um disfarce da desventura
clandestina que vive grudada em mim.
Escrito em 10.02.2006. PalasAthenaAnamariajorio