quinta-feira, 21 de julho de 2011

Não bato


Não bato em quem for mais fraco do que eu.
Não bato em crianças, animais, pessoas doentes, idosas, muito pobres, ricas demais.
Não bato em pessoas feias ou bonitas.
Não bato nos incautos, tampouco naqueles que tomam muita precaução.
Não bato nos estrangeiros, populares, nacionalistas, abandonados, verdadeiros ou falsos.
Não bato em ninguém.
Eu vejo em certas pessoas olhinhos embaçados, sem brilho. Eu vejo gente indefesa,  outras solidárias e temerosas. Eu vejo a miséria. Eu vejo a bondade. Eu projeto nos olhos das pessoas a dor de quem já não tem mais nada além da solitária tristeza guardada na alma...
E apiedo-me dela.
Porque dessa forma me sinto em mim. E fico feliz.

 PalasAthenaA_j

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