quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sentir-se feliz




Sentir-se feliz é tão bom
Mas a gente esquece o caminho da felicidade
Por que a felicidade são momentos
Às vezes estamos sendo felizes num momento
Vem um pensamento a seguir que nos tira a tal felicidade
E nos esquecemos que antes de nos tornarmos meio entristecidos, estávamos sendo felizes
Estávamos? Mas e antes disso acontecer? Bom...
É um montão de momentos
Melhora, piora, melhora
Assim é a vida.
Por isso é importante saber tolerar as situações porque a roda vai girar,
O tempo não para e os momentos se alternam.

                                 PalasAthenaA_j

terça-feira, 30 de agosto de 2011

No caminho de Swann

 O livro possui descrições cativantes da natureza; Quando leio, muitas vezes traço o perfil dos personagens

de um jeito particular; depois estabeleço comparações para ver as diferenças: Proust é encantador. Merece

figurar ao lado os grandes, pois é muito bom. Mas é um livro que exige um pouco de paciência.

   


O livro, entre tantos valores, salienta as relações afetivas entre mãe e filho.


PalasAthenaA_j

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Inverno ou verão


Ó ares macios da tarde de sol resplendente!
O perfume da esperança brotando em nossos corações.
As inseguranças da madrugada ficaram esmaecidas na certeza


da manhã de pernas firmes e propósitos
 verdadeiros.
Ó dia de brisa galopante e suave!
O fascínio da luz do dia imerso na claridade do inverno


empresta sonhos à minha alma amorosa.
Quem além de mim irá colorir os meus sonhos?
Sim, vou viver o verão que se adianta.


Vou vivê-lo em todos os momentos.
Os anjos também gostam de olhar o dia claro e brincar com


as cores.
   
                                                 PalasAthenaA_j

sábado, 27 de agosto de 2011

Os dois lados de mim





De um lado, marés se aceleram ou recuam, indo e vindo com remoinhos e
cintilações espumantes.
Ouves a explosão das ondas que se agitam ao vento?
São as vozes das minhas profundezas insondáveis do outro lado de mim.
Lá estão escondidos os meus segredos. Atrás das rochas elevadas ao longo do oceano.
De outro lado, o rio, com curvas e corredeiras, clamando, devorando os
caminhos  até alcançar, fundir e abraçar as águas do outro continente.
Calmaria e confusão.


 Ó coração, por vezes selvagem em meio ao estrondo
das águas imperiosas, outras tantas vezes acalmado, sensível e confiante
na doçura das tuas águas claras, por que te contradizes?

                  PalasAthenaA_j


Deus abençoe você!


Obrigada minha filhinha, o meu blog ficou lindo!


PalasAthenaA_j

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Os meus olhos esbraseados


Sinto uma despedida no peito. Vem do fundo da alma uma agulhada de melancolia.
Começa a se esparramar por dentro da gente como tinta que cai no papel e escorre até
manchar  tudo a  sua volta. Algumas lágrimas inquietas se precipitam dos meus olhos
esbraseados. Finjo um sorriso  forçado, sorumbático. O meu gesto  mais parece uma tentativa
de sofrear  a angústia que brota do meu coração. É apenas um disfarce da desventura
clandestina que vez por outra se apodera  de mim.

 Escrito em 10.02.2006.  PalasAthenaA_j

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

No silêncio de mim


Derramo minhas emoções em papéis.
Sem temas pré-estabelecidos nem hora determinada.
Com a voz do coração.
É o meu jeito de ficar só.
Esparramo-me no silêncio de mim.
As palavras são véus cobrindo os meus pensamentos.
Vão-se formando silenciosas.
Depois adquirem autonomia.
Li num livro traduzido de Proust,  o seguinte:” Há uma linda espécie de silêncio, não é?
Para os corações feridos como o meu, um romancista pretende que convêm somente a
sombra e o silêncio. Chega um momento na vida em que os olhos fatigados já não suportam
senão  uma luz, a que uma bela noite como esta  prepara e destila com a escuridão, em que os
ouvidos  só podem escutar a música tocada pelo luar na flauta do silêncio”
Essas palavras só podem vir de um  homem movido pelas paixões.
Ademais hoje não está  uma noite enluarada. O tempo não nos presenteou com um ocaso
rubro e dourado,  então tomara que esse frio não dure muito. E tirando as horas  necessárias à
solidão, prefiro  um ambiente sonoro e cheio de luzes.
                       
                                                            PalasAthenaA_j

domingo, 21 de agosto de 2011

O shortinho é o mesmo


 Meu filho, Luciano, em 1978 aos 4 anos de idade.





Pietra, minha neta, hoje em dia. Ela encontrou o shortinho do tio que eu havia guardado.

                                                                     Pode?

                                                                            PalasAthenaA_j

sábado, 20 de agosto de 2011

Mágoa





Confesso que ela existe. Vive embuçada, embruscada, margeando os meus litorais
Aparece de quando em vez chorando desditas próprias
Aproximando-se com intimidade, rastejando aos meus pés
Torna-se tempestade se erguendo e desperta do tempo o meu coração juvenil
Confundido e latejante, naufragando dentro do peito
Quando a tempestade se esvai, ficam espalhados os destroços desse naufrágio
Turvando a minha direção.



                                           PalasAthenaA_j

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Haicai

,




  FOLHA


Minha alma é o remanso
Onde desfolho a tristeza
Sem nenhum descanso.






No pranto das noites,
As águas das minhas mágoas
Desfolham açoites.


Nas noites escuras,
Meus olhos desfolham pranto:
Minhas amarguras.



PalasAthenaA_J








quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Um pôr de sol









Na claridade dos raios solares de um pôr de sol  eu me consumi inteira.
Ó esconderijo dos meus sonhos!
Ninguém mais sentiu  como eu  o entardecer  de ouro.
Ninguém mais do que eu.
Ó ares macios da tarde! Faixa purpurina no alto da serra.
Reflexos do ocaso  estendido, vermelhidão , rubor de fogo que me traz prazer poético.
De pé, eu olho enceguecida para os tons de púrpura.
Meus pensamentos longe de mim voando com o meu coração.




                              foto tirada no dia 16.08.2011 por PalasAthenaA_j


Antes não tivesse voltado


Voltei. E por um instante (improvável) julguei que me receberias feliz.
Mas soube assim que te avistei que me enganara.
Não recebi beijo nem abraço.
Levei certa repreensão por ficar ausente tanto tempo.

As pessoas deveriam alegrar-se com quem volta.
Se tu tivesses sido mais receptiva, quem sabe eu teria voltado mais vezes...

O amor é oferecido, não se deve exigi-lo.
Trata de alegrar-te com minhas voltas.
Não me afastes com tua austeridade e frieza.
Quanto mais insistires em querer me controlar, mais eu me distancio.

Fica então com aqueles que julgas amar-te mais do que eu .
Ninguém te ama e sofre por ti há mais tempo.
Tu nem ao menos me conheces.
Não tinhas muita tolerância comigo.

Mas eu te amo apesar de tudo.
Sabes por que não te procurei antes?
Tive medo. E meus receios se confirmaram.
Tu me censuraste como sempre o fizera.

Quando eu chegar, recebe-me com amor.
Chegarei mais vezes.
Sentirei mais felicidade, menos amargura.
Não sei se ainda dá tempo...

Perdoa-me.
A vida ensinou-me a dar Amor.
Mas preciso (e muito) também recebê-lo.

Cansei de tanto esperar pelo teu Amor.
E aprendi a viver sozinha...


                                  PalasathenaA_j

terça-feira, 16 de agosto de 2011

AMIGO






Toda manhã lembranças sempre vêm
E hão de vir sempre até a minha morte.
Bem que eu quisera ter tido outra sorte,
Ter ido muito longe e mais além.




Mas para ser feliz é que se tem
Amigo... Mas amigo que se importe
Com a defesa de quem não é forte,
Com a pobreza que nos sobrevém






Amigo é o anjo que oferece a mão,
É o braço que me prende no perigo,
É aquele que diz sim ao dizer não.






 
É o meu esconderijo, o meu abrigo,
Abraço em que eu recebo o seu perdão
E me leva chorando ao meu jazigo.



 




PalasAthenaA_j

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O meu pé de laranja lima

Quando eu era ainda criança descobri a história do “Meu pé de laranja lima”. O meu pai comprara a coleção do José Mauro de Vasconcelos e eu me encontrei nos contos desse autor. O meu coração nessa época já sediava o gosto pelos desenganos e infortúnios. Já havia se tornado residência fixa da melancolia. Sempre tive lá dentro do peito uma inclinação às tristezas. Uma coisinha diferente. Uma ponta de não sei o quê. Um nada que de uma hora para outra se transformava numa avalanche. Uma torrente avassaladora num turbilhão de pensamentos desencontrados que descia encosta abaixo. Então vinha aquele silêncio meio camuflado que virava uma falta de vontade, pequena no início, pequeníssima...como uma voz de um tom mais baixo, não chegando a ser um sussurro. E eu assumia um jeito fechado, talvez preocupado, distante, calado, sem sorrisos. Nenhum assunto. Uma solidão dentro do peito. Nesse aspecto eu me encontrava com aquele menino, o Zezé, protagonista do conto. Os meus infortúnios interiores se assemelhavam aos dele. E eu não conseguia parar de chorar.






PalasAthenaA_j



http://youtu.be/SVti-gdJ7w4

PAI

Um pai muito amado, um pai de atitude, um pai que tem um coração enorme, um pai que se doa, que perdoa, que tem  sensibilidade. Uma pessoa íntegra dentro dos seus princípios. Deus continue abençoando o

seu jeito amigo de ser. Nós o amamos por ser o que é.





                                                      foto de PalasAthenaA_j, tirada no dia dos pais, 14.08.2010


domingo, 14 de agosto de 2011

Céu de Beijos



Eu sou feliz porque eu sou amada
E sendo assim eu sei que tenho tudo.
Minh’alma é de esperanças salpicada,
Guardada num estojo de veludo.


Eu inundei de lágrimas a estrada
Que percorri com o coração sisudo.
No caminho galguei tão alta escada
E fui me ver no topo mais agudo.


E quando estava tão perto do céu
Eu encontrei um anjo tão perdido
Que me serviu um cálice de mel.


Bebi de sua taça, e os meus desejos
Ao anjo os revelei que, comovido,
Abraçou-me num céu de longos beijos.






                                           PalasAthenaA_j

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O luar

 Trecho do livro No caminho de Swann, de Marcel Proust (clássicos Abril Coleções, trad. por

Fernando Py) o persongem cita este verso de Paul Desjardins  Os bosques já estão sombrios, o céu

é ainda azul...



 Depois o comentário:  Que o céu seja sempre azul para você; e até na hora que me chega agora, 
 
em que a noite desce rápido, você se consolará como faço eu, olhando para o  lado do céu.

                                                        ...


Anoitecia. Fui lá fora dar uma espiada no tempo. Fazia luar e a temperatura era morna. Ao fixar os

olhos no horizonte percebi o quanto a Lua é tão magnífica! Enquanto a humanidade  está à beira

do caos, ela, lá de cima parecia sugerir  por que você não olha para o lado do céu ?









                                  PalasAthenaA_j

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

DOCE




Abelhinha revoeja em meu redor.
Reviro-me inteira.
Parece brincadeira.
Eu puxo a cadeira e reclamo.
Eu clamo por socorro.
Ó amor! Eu chamo, eu corro
- Meu bem, assim eu morro!
(Não olho nem de lado!)
O meu amor me olha sossegado
E fita-me parado, enquanto diz:
- A abelhinha quer o doce...
Olho para o céu... à procura do doce... Mas ele acrescenta:
- O doce é o mel...
dos seus olhos cor de mel.





Ah, eu fico sem jeito...
E, enquanto ele fala, reparo:
A abelhinha pousou na sua boca
E suga docemente o mel.
Sorrio para ele, enquanto penso:
“O mel é o dos seus lábios, meu amor”






 PalasAthenaA_j  

sábado, 6 de agosto de 2011

Conforto


Entrei numa loja à procura de um agasalho. Sentia frio. Mas nada me pareceu como

um abraço sincero.  Tomei um café com creme  adocicado para tentar me aquecer.

Às vezes, procuramos abrigo e não o encontramos numa peça de vestir ou numa

bebida quente. Talvez seja por que estamos procurando alguma coisa bem maior,

um contato físico, um olhar, um sorriso, um tom de voz de criança.

Não é o frio que vem de fora. É o que atravessa tudo e nos atinge a alma.
É o frio no coração.

                                                            
                                 PalasAthenaA_j

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Estrelinha



Você é a minha criança que cresceu,
É o filho, a filha, são todos os filhos do mundo
Numa só pessoinha

É o bater de asas de uma borboleta
Água para minha sede
Alimento para o meu coração
Sopro de vida para a morte de toda ilusão

Você é quem surge para acabar com os meus medos
É quem me ama e jamais se esquece de mim
E me coloca sempre em primeiro lugar

Aconchego para meus cansaços
Face jovem e bela do meu ser,
Música e poesia

Vento espraiado nos meus cabelos
Manhã luminescente, anilada, safirina,
Que se cobaltiza, se opaliza, desmaiando o azul do céu.

Estrela numa noite veludosa:
Continue sempre a brilhar,
Em minha vida... Estrelinha minha!

 PalasAthenaA_j

terça-feira, 2 de agosto de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

CORAÇÃO IRREQUIETO



Há dias em que meu coração é um voejar cantante que se estende por intermináveis vergéis floridos;


 Vez por outra, é um sacolejar de pedras numa carroça que segue lenta e preguiçosa por um caminho de pó;
  

  

Muita vez, meu coração é um dobre constante de sinos desritmados.

De vez em vez, um mar esparramado em calmaria...


Repentinamente... maré cheia, as águas soerguendo-se altaneiras em desenfreadas ondas...

Fluindo e refluindo num entrechocar-se de alvadia espumarada.

Um mar picado sob um céu empalecido.

De quando em quando, o meu coração é um oceano esverdinhando o dia.





No mais, é somente coração.







                PalasAthenaA_j  poema escrito no conjunto de textos MEU SENTIR, agosto de 2007.