A previsão do meu tempo
ficará ao sabor dos acontecimentos. Trago no peito um lado obscurecido pelo
mormaço. A minha meteorologia apresenta num ano, dias de tempo chuvoso, alguns
de muito sol. Mormente, se procurarem em mim algumas tardes alegres nem sempre
vão encontrar. Haverá pores-do-sol?
Existem sim, algumas manhãs alvissareiras onde escuto o canto do
canarinho comemorando a vida. Todo dia ele faz a sua parte. Revoluteia dentro
da gaiolinha, olhinhos buliçosos e encantadores. Preso, solta a alma alada no
seu canto feliz que esvoaça bendizendo a natureza, roçagando de leve o meu
coração.
Texto escrito em 21.06.2006, quando Joãozinho chegou. O quintal sem a presença dele perdeu a alma.
PalasAthena, 13 de março de 201