segunda-feira, 22 de agosto de 2011

No silêncio de mim


Derramo minhas emoções em papéis.
Sem temas pré-estabelecidos nem hora determinada.
Com a voz do coração.
É o meu jeito de ficar só.
Esparramo-me no silêncio de mim.
As palavras são véus cobrindo os meus pensamentos.
Vão-se formando silenciosas.
Depois adquirem autonomia.
Li num livro traduzido de Proust,  o seguinte:” Há uma linda espécie de silêncio, não é?
Para os corações feridos como o meu, um romancista pretende que convêm somente a
sombra e o silêncio. Chega um momento na vida em que os olhos fatigados já não suportam
senão  uma luz, a que uma bela noite como esta  prepara e destila com a escuridão, em que os
ouvidos  só podem escutar a música tocada pelo luar na flauta do silêncio”
Essas palavras só podem vir de um  homem movido pelas paixões.
Ademais hoje não está  uma noite enluarada. O tempo não nos presenteou com um ocaso
rubro e dourado,  então tomara que esse frio não dure muito. E tirando as horas  necessárias à
solidão, prefiro  um ambiente sonoro e cheio de luzes.
                       
                                                            PalasAthenaA_j

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