Há dias em que meu coração é um voejar cantante que se estende por intermináveis vergéis floridos;
Vez por outra, é um sacolejar de pedras numa carroça que segue lenta e preguiçosa por um caminho de pó;
Muita vez, meu coração é um dobre constante de sinos desritmados.
De vez em vez, um mar esparramado em calmaria...
Repentinamente... maré cheia, as águas soerguendo-se altaneiras em desenfreadas ondas...
Fluindo e refluindo num entrechocar-se de alvadia espumarada.
Um mar picado sob um céu empalecido.
De quando em quando, o meu coração é um oceano esverdinhando o dia.
No mais, é somente coração.
Um comentário:
É assim mesmo o seu coração, Anamaria: profundo e vário como o oceano.
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