domingo, 25 de dezembro de 2011

Hecatombe de Ilusões





Já não me contento com pouco no que diz respeito à literatura. Após a leitura do livro Ilusões Perdidas, tradução da obra grandiosa do gênio Honoré de Balzac, fui tomada pela sensação de gula literária, passei aos dois volumes de outra tradução do mesmo título e autor, somente para permanecer maior tempo na mesma história delirante que arrebatou minha alma do inferno deste verão dantesco, que me leva a desistir de inúmeros passeios. Quando terminar a leitura de ambos, já terei fruído 1.165 páginas desse romance. Mas não pensem que estarei satisfeita, pois pretendo continuar por esse bom caminho que compõe a Comédia Humana. A obra é longa, mas não é o bastante para o meu espírito cioso de outros títulos do autor. Hoje é véspera de Natal e a vereda literária em que me encontro obriga-me a prosseguir na direção de um vale do qual não se pode adivinhar inicialmente suas verdadeiras dimensões. É uma estrada que se alarga e enriquece quem por ela se aventurar. Vai dar numa montanha que o olho julgava fácil de ser transposta, mas que vai exigir toda uma vida de caminhada.

PalasAthena, 24.12.2011

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