domingo, 18 de dezembro de 2011

Café Poético





Sentamo-nos os três da nossa familinha  como diz o Paulo e iniciamos nosso café com poesia. Li alguns sonetos de Florbela Espanca, outros foram lidos pela Ana Beatriz. Presença obrigatória a de Fernando Pessoa. O Paulo declamou Cadê Corage da dona Berta Celeste Homem de Melo, poeta de nossa cidade. Em seguida,  Cântico Negro de José Régio. Levei à mesa, um livro de Vinícius de Moraes, poeta do meu coração. Nós nos revezávamos em nossas leituras. Tomei a sério a idéia desse café e nós três contribuímos cada qual com a sua participação literária. Penso que é um modo de enriquecer o encontro familiar. Não se fala da chuva nem do bom tempo. Não caímos nos lugares-comuns da conversação onde se costumam alojar os comentários imbecis. Falar mal dos outros, nem pensar, pois sem necessidade vira assunto comezinho e não é próprio das mentes inteligentes. Somos forçados a procurar algumas frases substanciosas na imensidão de nossas recordações culturais que dormitam em nosso âmago. São significativos minutos cheios de interesse com o nosso eu interior. E nos dá prazeres infinitos.

                      Palas Athena, 08.12.2011

Um comentário:

jose valdez de castro moura disse...

Palas Athena, amiga dileta,que bela página! Que bela lição!Começar com a Poesia! Continuar com a Poesia!Enriquecer o processo existencial com a Poesia ! Existe algo mais sublime?Meu abraço fraterno !