Sentamo-nos os três da nossa familinha
como diz o Paulo e iniciamos nosso café com poesia. Li alguns
sonetos de Florbela Espanca, outros foram lidos pela Ana Beatriz. Presença obrigatória a de Fernando Pessoa. O Paulo declamou
Cadê Corage da dona Berta Celeste Homem de Melo,
poeta de nossa cidade. Em seguida, Cântico Negro de José Régio. Levei à mesa, um
livro de Vinícius de Moraes, poeta do meu coração. Nós nos revezávamos em nossas leituras. Tomei a sério a idéia desse
café e nós três contribuímos cada qual com a sua participação literária. Penso
que é um modo de enriquecer o encontro familiar. Não se fala da chuva nem do bom
tempo. Não caímos nos lugares-comuns da conversação onde se costumam alojar os
comentários imbecis. Falar mal dos outros, nem pensar, pois sem necessidade vira
assunto comezinho e não é próprio das
mentes inteligentes. Somos forçados a procurar algumas frases substanciosas na
imensidão de nossas recordações culturais que dormitam em nosso âmago. São
significativos minutos cheios de interesse com o nosso eu interior. E nos dá prazeres infinitos.
Palas Athena, 08.12.2011
Um comentário:
Palas Athena, amiga dileta,que bela página! Que bela lição!Começar com a Poesia! Continuar com a Poesia!Enriquecer o processo existencial com a Poesia ! Existe algo mais sublime?Meu abraço fraterno !
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