segunda-feira, 2 de junho de 2014

Pindamonhangaba




Manhãs da minha terra abençoada,
Céu azul, horizonte purpurino...
Na torre da Matriz repicam sinos.
Há luz desde a mais tenra madrugada.

E, bordando os meus sonhos de criança,
Este sol de uma eterna primavera
Embebedado em luz fulgente e bela
Lançando-me sorrisos de esperança!

Nos crepúsculos tintos de dourado,
Pelas tardes de outono, em doce enleio,
Cismando e sonhando nos devaneios,
Passeiam a sorrir os namorados.

No leito, o Paraíba enlanguescido
Desfruta pela noite, embriagado,
Do mágico luar de apaixonados
Sob a sombra do Bosque adormecido.

Minha cidade, tribo, aldeia, taba
Chão bendito, seara venturosa,
Que devolve em colheita generosa
O que planto em ti, Pindamonhangaba!

Meu lar, meu paraíso, meu remanso,
Refúgio para todos meus cansaços,
Meus amores, meus mais felizes passos,
Destino do meu mais certo descanso.

                         Palasathenaanamariajorio, abril de 2006.


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