segunda-feira, 2 de junho de 2014

Calanga simplesmente






Chamei-a Lagartina. Uma fêmea.  Surgiu em nosso quintal, logo depois da nossa viagem a Maceió. 

Assustada sempre, no início também me assustou. Eu, que tenho medo de baratas, gritei quando a vi.

Mas ela tinha mais medo de mim que eu dela. 

Assim ficamos. Uma fugindo da outra.

Acontece que ela queria ir embora. Queria sim, surpreendi-a tentando subir pela lateral de uma escada tentando escalar o muro para a liberdade. Pobrezinha, caiu ou melhor, escorregou de volta ao quintal. 

E, numa disparada, correu de volta ao entulho.

Numa noite, choveu feio. Chuva de verão fazendo esparramote! 

No dia seguinte, procurei por ela. Em vão...

Todo o dia me lembrava dela. Uma simples fêmea de lagarto, uma criaturazinha de Deus. Uma minha amiga por tão pouco tempo.

Senti saudade, ainda sinto. Ontem, contei essa história para a Pietra e para a Yasmin.

Passarei a dedicar essa historinha às crianças que saberão entendê- la.  In memoriam da pequena Lagartina.

Palasathenaanamariajorio, 05.05.2014.

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