quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Chuva republicana




Na semana passada, estive entregue à leitura comovente sobre Julien Sorel, personagem central de Stendhal em “O vermelho e o negro”. Eu tinha vindo de Proust em “No caminho de Swann”, ambos imperiosos no estilo e no vocabulário,  conseguiram prender minha atenção de um modo admirável. Não via a hora de terminar essas leituras para ingressar em outras. Stendhal nos mostra um Julien apaixonado pelos livros. Declara que  o personagem encontra neles, a um só tempo, felicidade, êxtase e consolo nas horas de desânimo. Tomei para mim esse exemplo. Deleitando-me com o prazer da leitura procuro aliviar meu peito com uma alegria singular. O livro  me inspira tanto que me entrego a essa atividade o dia inteiro e saio dela renovada. O céu carregado de nuvens  densas anuncia uma chuva intermitente neste 15 de novembro estremecido pelo mau tempo. Depois de Stendhal, abri Voltaire (Cândido) e Maksim Górki (Infância), os dois ao mesmo tempo. Permaneci no escritor russo. Lá vamos nós nessa narrativa romanesca.   

  PalasAthena                  15.11.2011

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