Na semana passada, estive entregue à
leitura comovente sobre Julien Sorel, personagem central de Stendhal em “O
vermelho e o negro”. Eu tinha vindo de Proust em “No caminho de Swann”, ambos
imperiosos no estilo e no vocabulário, conseguiram prender minha atenção de um modo
admirável. Não via a hora de terminar essas leituras para ingressar em outras.
Stendhal nos mostra um Julien apaixonado pelos livros. Declara que o personagem encontra neles, a um só tempo, felicidade, êxtase e consolo nas horas de desânimo. Tomei
para mim esse exemplo. Deleitando-me com o prazer da leitura procuro aliviar
meu peito com uma alegria singular. O livro
me inspira tanto que me entrego a essa atividade o dia inteiro e saio
dela renovada. O céu carregado de nuvens densas anuncia uma chuva intermitente neste 15
de novembro estremecido pelo mau tempo. Depois de Stendhal, abri Voltaire
(Cândido) e Maksim Górki (Infância), os dois ao mesmo tempo. Permaneci no
escritor russo. Lá vamos nós nessa narrativa romanesca.
PalasAthena 15.11.2011
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