domingo, 23 de dezembro de 2012

Balzac e eu






Um ano inteiro de leituras balzaquianas. Não aprecio essa chuva de raios e trovões. Minha cachorrinha Tiffany, trêmula em meu colo, não sabe o que fazer. Tampouco sei como dar-lhe consolo nessas tempestades barulhentas. Todavia percebo que as pessoas de um modo geral estão mais comemorativas, mais alegres, fazendo planos e comprando... E a vida assim vai prosseguindo em seu ritmo costumeiro, como há milhares de anos vem acontecendo. E tudo vai passando, outras pessoas virão e o mundo continuará como sempre existiu, havendo mudanças, porém existindo. Outros amores, outros corações se balançando, sofrimentos e contentamentos. Já passei por chuvas fracas e aguaceiros perigosos. E saí ilesa, alguns arranhões, roupas e sapatos molhados, mas consegui... Ainda estou na chuva, mas não me deixo encharcar nunca mais.
Ah, vou continuar lendo Balzac.

Palas Athena, 23.12.2012.


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