Vi uma expressão de
compungida tristeza naqueles olhos que eu amo. Trazia um desolado e úmido
brilho, um ar desconsolado e inquisidor, frente ao qual não elevei o meu olhar
por que não teria resposta para as questões sobre a morte que a mim foram
direcionadas. Pensei nesse carrasco que nos separa das pessoas a quem amamos.
Por outro lado, ela pode aliviar um sofrimento doloroso e incurável quando
abrevia a vida de quem já muito padece. A ópera da morte, é assim que me
refiro à ela, aguarda a todos com
impaciência, com seu canto lúgubre. Entra-nos constantemente o medo no coração,
como uma brasa inextinguível a nos queimar. Afundados na noite, somos lutadores
na inquietante guerra contra algo que nos tira o sono todas as madrugadas.
Lutamos contra a estressante insônia.
Vencido o combate numa noite, logo teremos que combatê-lo na noite seguinte.
PalasAthena, texto escrito em 07.08.2007
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